"Como próprio nome diz, “Nariska”, a idealização e construção deste projeto foi todo feito no limite seja de tempo, conhecimento e principalmente físico. Tudo começou no sonho de uma nova equipe que acabava de se formar, desde de todos os membros (7 membros) à identidade visual e o próprio nome foram reformulados, reconstruídos e para o carro não poderia ser diferente. No início possuíamos apenas muitos tubos laranjas de ferrugem, algumas peças perdidas pelo galpão e um projeto pouco pensado. As férias do ano de 2016 foram repletas de modelagens, projetos e desenhos do SolidWorks para entendermos um mínimo e organizar a construção. A construção tem seu começo e nos víamos no primeiro desafio que era como usar todo maquinário para construção? Estas dúvidas tomaram horas de estudo, aulas e treinamentos para que tivéssemos coragem de encostar o eletrodo em nosso chassi pela primeira vez.
bbbb O retrabalho era algo real em nosso caminho visto que éramos novos e totalmente inexperientes, mas que para época fora uma fonte de aprendizado. Este esforço nos levou a construção de gabaritos muito loucos de mdf, muitas noites em claro, mas uma primeira recompensa, que veio juntamente com o nascer do sol depois de uma madrugada de trabalho, que foi o carro sobre quatro rodas pela primeira vez em nossa história. Este momento foi um marco, pois vimos que o sonho estava se tornando real e já até andando (mesmo que empurrado). Neste momento, mesmo exaustos fisicamente, sentimos o injetar de mais combustível em nossos motores e não iríamos mais parar. O galpão se tornou nosso primeiro lar e cada parte fabricada nos aproximava do sonho da primeira competição regional que estava cada vez mais próximo. Nosso segundo momento recompensador, que tenho certeza que está cravado no coração de cada um que esteve lá, foi quando ligamos o carro e colocamos para rodar pela primeira vez em mais uma manhã marcante. Uma injeção de ânimo para mais uma bateria de muitos “pepinos” e dores de cabeça que todo Bajeiro conhece.
bbbb Chegamos às vésperas da competição com os acabamentos e alguns detalhes técnicos, muito importantes, inacabados, todavia já era hora de partirmos para o evento com o sonho que conseguiríamos concluir lá. Fizemos o máximo que o corpo e principalmente o tempo permitiu e chegamos no limite para o credenciamento. Nossa primeira competição, que entraríamos como equipe participante nos boxes estava para começar e que nos trouxe muitas emoções desde de ver e conhecer grandes equipes e colegas de todo sudeste a momentos de frustração e exaustão física que nos ensinou e deu brio para nos tornarmos cada dia melhor como competidores, profissionais e pessoas.
bbbb A “Nariska” marcou o coração de alguns poucos membros (hoje ex-mebros) desta equipe, mas deixou um legado de amor, persistência e coragem pela a Rampage, materializado nos exemplos dados e no brilho do olhar de cada um deles e que se perdurará por muitas gerações de novos bajeiros. "
Mateus Salomão Rodrigues Silva - Ex membro