No tópico de hoje vamos conversar a respeito das barras estabilizadoras. Elas são elementos elásticos frequentemente adotados nas suspensões dianteira ou traseira dos veículos, sejam eles de passeio ou competição com a finalidade reduzir a rolagem da carroceria, limitando o movimento do veículo em torno do seu eixo longitudinal.
Figura 1: Representação barra estabilizadora.
O princípio dela parte de uma barra de torção que se liga as duas rodas do mesmo eixo, sendo fixada na estrutura do veículo e nos braços de suspensão através de buchas e/ou bieletas. Cria-se então uma dependência entre os dois lados das suspensões que antes seriam totalmente independentes, que de acordo com a sua rigidez, irá exercer mais ou menos influência na dinâmica do veículo.
Com essa dependência, ao ocorrer um movimento em um lado do veículo, este vai ser transmitido até o conjunto de suspensão oposto. Logo ao fazer uma curva à direita por exemplo, o conjunto esquerdo é comprimido e direito estendido, nisso a barra estabilizadora recebe um torque do lado que está comprimindo e transfere até o outro lado, limitando o movimento de extensão que ele teria, e portanto, a rolagem da carroceria é limitada, fazendo o veículo manter uma carga maior no pneu interno a curva, consequentemente uma maior aderência com o solo.
Figura 2: Atuação barra estabilizadora.
No caso de ocorrer um movimento simultâneo entre os dois lados do veículo, como passar em uma lombada ou um tronco perpendicular a pista, no caso do baja, a barra estabilizadora não exerce nenhuma ação, pois os componentes da suspensão vão exercer forças iguais nas extremidades da barra.
Em carros de passeio, as barras podem ser utilizadas voltadas a otimizar o conforto do veículo, visto que se pode utilizar molas de suspensão menos rígidas, que absorvam mais as irregularidades e com as barras restringindo o inconveniente de se ter uma rolagem excessiva.
Finalizando, em aplicações de competição, o que inclui o baja, as barras são utilizadas para alterar o comportamento dinâmico do veículo, pois alterando a rigidez a rolagem nos eixos, podemos obter comportamentos mais ou menos sub ou sobre-esterçantes. Nesse tipo de aplicação, comumente elas terão diversas posições de fixação, justamente para buscar o melhor comportamento para cada situação.
Figura 3: Aplicação de uma barra estabilizadora em veículo off-road.
E aí, gostou deste texto? Deixe sua opinião pra gente!! Não se esqueça de nos seguir nas redes sociais!
Comments