O sistema de freios é um dos principais conjuntos de segurança em um automóvel, e para garantir o seu funcionamento correto, deve-se realizar análises em alguns componentes, diferente do que muito se pensa, o motorista pode identificar quando algo não está funcionando adequadamente e que possivelmente algum reparo ou troca é necessário. Com o intuito de auxiliar e capacitar o motorista comum, este texto traz consigo informações e dicas sobre a manutenção preventiva no sistema de freios.
O sistema de freios é composto por uma série de componentes e é importante estar sempre em dia com a manutenção dos mesmos, para que não haja surpresas potencialmente negativas durante sua operação. Listamos aqui alguns itens importantes para se avaliar:
Discos de freio
Sistema muito utilizado, tanto em veículos de rua como também em veículos de performance, isto se dá justamente por ser um equipamento seguro e muito eficaz. É possível identificar alguns problemas nesses componentes, como quando ao acionar o pedal, ocorre uma pequena vibração no automóvel, ou mesmo se tiver dificuldade ao frear, sendo a resistência do pedal alta ou baixa. Esses relatos podem apontar a necessidade de novos discos de freio para o sistema, uma vez que a explicação para esses problemas seja que o componente já tenha se desgastado demais, ultrapassando os limites estabelecidos pelo fabricante. O modo que foi usado também afetará sua vida útil, se tratando de um componente elaborado para um uso rotineiro (urbano) não é recomendado o seu uso de maneira exagerada, trabalhando em temperaturas mais altas ou mais baixas do que foi projetado para resistir.
Sua troca deve sempre ser feita após atingirem uma espessura mínima determinada pelo fabricante, em média um disco de freio comum possui uma vida útil de 25 mil km a 30 mil km. É importante analisar o quão desgastados estão os discos, pois caso estejam fora dos parâmetros exigidos, podem causar o superaquecimento do sistema, diminuição da resistência mecânica levando a cometer falhas desastrosas. É possível ver casos onde houve restauração de um disco de freio desgastado, levando-o em um mecânico de confiança, que dará um passe em um torno mecânico gerando novamente a uniformidade da superfície do disco, mas a medida que é retirado material é possível que esse disco fique menor que a espessura mínima de trabalho, impossibilitando ou reduzindo a eficiência da frenagem.
Pastilhas
Quanto às pastilhas, será destacado aqui com pouco foco, uma vez que já existe uma publicação no blog específica sobre esse componente (https://rampagebaja.wixsite.com/rampagebaja/post/pastilhas-de-freio). São encontradas no mercado as seguintes:
⦁ Orgânicas
⦁ Metálicas
⦁ Semi-Metálicas
⦁ Cerâmicas
O desgaste desse componente é claramente seu principal problema, e uma verificação deve ser feita a cada 5000 quilômetros rodados, devendo realizar a troca caso o volume de material de atrito apresente uma espessura igual ou menor a 2 milímetros. Em casos extremos, quando o material de atrito se esgota ou é extremamente pequeno, será possível observar ruídos, que indicam que a pastilha já está bem avariada e está havendo um contato direto de metal com metal, ocasionando um desgaste maior do disco de freio, que é um componente potencialmente mais caro.
Fluido de freio
Um dos itens que compõem o sistema é o fluido que possui diversas propriedades como: resistir a temperaturas elevadas e baixas, não ser nocivo ao ponto de danificar outros componentes, entre outros. Uma ação importante é se atentar com o nível de fluido, que pode ser insuficiente para realizar a frenagem. Testes realizados por montadoras estimam que em um prazo de 12 meses (valor médio da vida útil de fluido) o fluido pode absorver 4% de umidade e essa contaminação cria bolhas de ar também comprometendo o funcionamento do sistema. Então é recomendado que saiba qual modelo está utilizando em seu veículo e quais são os parâmetros de vida útil da substância passados pelo fabricante, seja ela por tempo ou por rodagem. Cada fluido tem suas características específicas, aqui são dadas as temperaturas de ebulição de cada um, seco, e com absorção de umidade:
Mais algumas recomendações para os fluidos de freios são:
⦁ Realizar a troca do fluido seguindo as recomendações do fabricante do veículo, mas evitando passar dos dois anos.
⦁ Não misturar fluidos diferentes, devido a composições diferentes de cada um, para não interferir na composição química e não corroer os componentes que não estão preparados para fluidos diferentes do recomendado pelo fabricante.
⦁ Não abrir a tampa do reservatório quando for olhar o nível de óleo de freio.
⦁ Ao realizar a troca do fluido, não manter o reservatório aberto, para evitar ao máximo a absorção de umidade do ar.
⦁ Não misturar fluido velho com fluido novo, pois pode haver a contaminação do novo, mudando sua composição (mudando sua viscosidade por exemplo).
Linhas de freio
As linhas de freio, tanto rígidas quanto as flexíveis, podem apresentar vazamentos, que podem ser ocasionados por choques contra pedras, superfícies cortantes, lombadas danificadas e também podem ocorrer nas conexões. É importante salientar que defeitos nas linhas de freios hidráulicas podem ocasionar perda total ou parcial da frenagem, devido à perda de pressão.
Componentes mecânicos de Operação
Os componentes como pinças e cilindros mestre podem apresentar avarias com o decorrer do tempo, podem ser alvos de manutenção incorreta e se o sistema apresentar falhas que não possam ser identificadas nos itens anteriores, é recomendado uma avaliação visual completa. Estes componentes também podem apresentar problemas com vedações, então é recomendado a troca em caso de falha e desgaste que possam comprometer o desempenho.
Manual NAKATA para sistemas de freio
https://autoesporte.globo.com/carros/noticia/2015/05/autoajuda-freios.ghtml
https://educacaoautomotiva.com/2015/08/25/informacoes-e-curiosidades-sobre-o-sistema-de-freios/
https://rampagebaja.wixsite.com/rampagebaja/post/pastilhas-de-freio
https://rampagebaja.wixsite.com/rampagebaja/post/fluidos-de-freio-o-que-voc%C3%AA-precisa-saber
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