Figura 1: Demonstrativo de pastilhas de freios novas e usadas. (FONTE: TONAESTRADA)
Um item importante para veículos que utilizam um sistema de freios a disco, as pastilhas têm a importante função de transformar a energia cinética de um carro em movimento em energia térmica (em ruído também, em menor proporção), através do atrito, consequentemente fazendo com que o carro desacelere.
As primeiras pastilhas de freio conhecidas foram encontradas aplicadas a carroças e charretes movidas por animais e eram feitas de material como madeira, couro ou algodão embebido de produtos a base de asfalto e borracha. Com o passar dos anos, com o avanço da tecnologia empregadas ao desenvolvimento da tração, criando motores e os aperfeiçoando, o processo tecnológico empregado aos sistemas de freios também houve seu crescimento, fazendo com que as pastilhas se tornassem cada vez mais eficientes.
Atualmente existem 4 tipos de pastilhas “mais comuns” no mercado:
Orgânicas: Geralmente podem ser compostas por celulose, asbesto e de fibras sintéticas. Apresentam um menor preço, que é associado geralmente à sua durabilidade menor, além de produzir menos ruídos e com a decomposição da pastilha pode haver um consequente acúmulo de sujeira nas pinças.
Metálicas: Uma variedade de metais (geralmente aço, bronze, cobre, ferro e grafite) em pó passa por um processo conhecido como sinterização, onde há um processo de aquecimento e posterior compressão, formando as pastilhas metálicas. Chegou como uma grande evolução, principalmente nas competições automotivas da década de 50, onde os carros atingiam constantemente grandes velocidades, fazendo que se exigisse muito dos sistemas de freios, que sobrecarregados, não permitiam aos corredores uma pilotagem mais agressiva. As pastilhas metálicas suportam temperaturas mais altas do que as orgânicas, possibilitando uma constante aceleração e desaceleração, e tem uma ótima durabilidade, mas possuem um preço elevado em relação às orgânicas. Indicada principalmente para pilotagens mais agressivas.
Semi metálicas: Estas são fabricadas a partir de fibras de aço “coladas” com resinas orgânicas (não possuem amianto), e têm boa resistência à temperatura, uma boa durabilidade e um preço médio entre as orgânicas e metálicas, mas pode apresentar um pouco de ruído. É uma ótima escolha para o trânsito urbano do dia a dia, em que não se demanda constantemente frenagens de alta performance, mas ainda se faz necessário do uso repetitivo do freio.
Cerâmicas: São compostas de materiais cerâmicos, e tem uma maior durabilidade e menor massa, e proporcionam a maior potência de frenagem, sendo consideradas as mais eficientes entre as citadas até agora. Ocasionam um menor desgaste do disco, que é consequência da menor decomposição dos materiais da pastilha e da criação de um filme protetor para o disco, pelas ligas de cobres presentes em sua composição.
Figura 2: Representativo de um sistema de freios com disco e pinça (FONTE: BLOG JOCAR)
Um cuidado especial deve ser tomado com esse item, cujo o desgaste é iminente, decorrentes dos consecutivos processos de frenagem no dia a dia, então para os carros, o ideal é que o componente seja verificado a cerca de 5000 quilômetros rodados, sendo necessário sua troca caso a espessura do material de fricção seja menor do que 2 mm ou o mesmo apresentar deformidades expressivas em seu formato.
Agora que tem se o conhecimento básico das diferenças das pastilhas e sua aplicabilidade, escolha sempre a pastilha que mais seja eficiente seguindo as ponderações em relação ao seu tipo de condução, preço e tráfego enfrentado.
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