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Sistemas de esterçamento das rodas traseiras

Atualizado: 12 de fev. de 2021

No post de hoje, vamos abordar o funcionamento e benefícios que um eixo traseiro direcional pode trazer na dinâmica de um veículo!

Esse tipo de sistema pode trabalhar de duas maneiras diferentes, seja esterçando no sentido contrario ou no mesmo das rodas dianteiras.

Figura 1: Tipos de esterçamento traseiro


Ao esterçar no sentido oposto da dianteira, reduz-se o raio de giro do veículo, fazendo com que as rodas traseiras tenham trajetória semelhante as dianteiras, tornando o veículo mais ágil em manobras apertadas e em curvas de raios pequenos à baixas velocidades.


Figura 2: Esterçamento em sentidos opostos.


Já ao direcionar as quatro rodas no mesmo sentido, o sistema faz com que a traseira aponte para dentro da curva de forma mais precisa e estável, possibilitando carregar maior velocidade e equilíbrio nas mudanças de trajetória em velocidades mais altas, geralmente superiores a 80 km/h.


Figura 3: Esterçamento no mesmo sentido.


Podemos ter conjuntos de esterçamento traseiro tanto ativos como passivos. Nos sistemas ativos, o mais comum é existência de um conjunto eletromecânico, que recebe informações do veículo como velocidade e posição do volante, que serão processadas até o output nas rodas por meio de atuadores. Nesse tipo, pode-se ter as rodas esterçadas nos dois sentidos, dependendo do regime que o carro esteja trabalhando.

No caso de sistemas passivos ou auto direcionais, o movimento das rodas traseiras acontece baseado nas transferências de peso das acelerações e frenagens. As rodas traseiras se movimentam quando o conjunto de suspensão é submetido às forças atuantes no movimento do veículo, através da flexão de buchas de suspensão projetadas para isso, que fazendo os braços de suspensão deslocarem, alteram convergência das rodas.


Figura 4: Esterçamento passivo por meio de buchas elásticas.


O sistema passivo é uma forma mais simples e barata de se obter esterçamento das rodas traseiras. Porém, por depender da transferência de carga, ele não funciona para diminuir o raio de curvatura em baixas velocidades, virando apenas as rodas traseiras no mesmo sentido das dianteiras em velocidades mais elevadas.

Como não se dá para ganhar em tudo, eixos traseiros direcionais também têm desvantagens. Complexidade de projeto, demanda de sistemas eletroeletrônicos e/ou hidráulicos adicionais, custos de produção e manutenção elevada são alguns contras. Logo são poucos carros em série que utilizam o “four wheel steering”, costumando essa tecnologia ficar restrita há alguns veículos de nicho, como alguns utilitários e esportivos.

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